Pirâmide de conteúdo: estrutura lógica de web sites (para pessoas)

Interpretação sobre a analogia entre uma pirâmide e a estrutura lógica de web sites sob a ótica dos visitantes

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Lendo um dos livros de Dan Thies, cheguei a um capítulo onde era feira uma analogia interessante: a estrutura lógica de web sites (conteúdo voltado para pessoas, e não para bots de busca) pode ser representada por um pirâmide, sendo esta dividida; cada parte representaria um aspecto importante da estrutura lógica dos sites.

Pirâmide de conteúdo: estrutura lógica de web sites (na perspectiva das pessoas / visitantes).

O próprio Thies dá explicações a respeito de cada divisão; com minhas próprias palavras (decorrentes de como interpretei a explicação), ficaria algo mais ou menos assim:

Página inicial

De acordo com Dan Thies, a página inicial é onde a maioria dos visitantes entram (ou conhecem) na maioria dos web sites e, embora possa ser feito um trabalho (SEO) para que outras páginas tenham um bom posicionamento, com o intuito de as pessoas entrarem no site através delas (o que acontece, efetivamente), a página inicial é visitada por mais pessoas e mais freqüentemente que qualquer outra página dos sites.

A “regra de ouro” é que se as pessoas conseguirem encontrar o que elas procuram (naquele site) a partir da home page, então o desenvolvedor optou pelo caminho certo; do contrário, há bastante trabalho a ser feito.

Segundo minha própria experiência na área (e o comentário do colega Alexis corrobora isso), parece que a afirmativa de que a página inicial é mais visitada e mais frequentemente que outras páginas do site já foi correta, atualmente valendo somente para determinados tipos de sites, como portais de notícias, por exemplo.

Categorias

A segunda “parte” é referente às categorias (“roadmap pages”, como Thies chama). Esta divisão da pirâmide é relativa à estrutura de páginas (ou hierarquia de diretórios), mais especificamente à maneira como esta estrutura está organizada e, a partir desta organização, o qual fácil é para quem está no web site encontrar a informação que deseja ou realizar uma tarefa que é necessária.

Há um mito na área de usabilidade na web que apregoa: “Qualquer informação no site deve estar a, no máximo, 3 cliques”. Na verdade, não é bem assim. Como cita Dan Thies (e Jacob Nielsen, também, em seu livro “Projetando Websites com Usabilidade”), as pessoas não se importam tanto com a quantidade de cliques que têm que dar, desde que o “trajeto” seja simples e que, a cada clique dado, a proximidade do objetivo almejado seja maior.

Com esta preciosa informação em mente, é possível pensar melhor na arquitetura da informação do web site e como ela pode facilitar (ou não…) a experiência do usuário.

Por “curiosidade”, na perspectiva de SEO, a segunda parte da pirâmide é formada por qualquer página do site que consiga fazer link com a página inicial.

Conteúdo

As “Destination pages” (literalmente como consta no livro para designar o conteúdo, propriamente dito), em um site típico, são as mais importantes, na perspectiva das informações e processos de web sites. O esquema de navegação de um “visitante comum” costuma ser o seguinte:

Esquema de navegação de pessoam que visitam web sites.

Exemplificando com um site de e-commerce, as “roadmap pages” seriam as categorias de produtos (eletrodomésticos, livros, CDs, etc) e as “destination pages” seriam as descrições de cada produto dentro de uma dessas categorias. Em uma perspectiva de otimização para mecanismos de busca, as “destination pages” seriam quaisquer páginas que ficam a 2 cliques da página inicial.

Novamente, isso deve ser interpretado à época da escrita do livro. Até mesmo por feeling é possível observar que essa suposta  estrutura navegacional não é seguida à risca pelo “usuário”, sendo o comportamento (“hábito”?) de procurar algo em buscadores e acessar página específica, diretamente, bem mais evidente.

Conteúdo profundo

Na maioria dos web sites, ter até três níveis de conteúdo (destination pages) é o suficiente: é possível ter milhares de páginas utilizando este profundidade.

A partir deste “limite”, é preciso fazer um trabalho um pouco mais elaborado (quer dizer, diferenciado) de SEO para uma adequada indexação de páginas que ultrapassam o terceiro nível do site. Então, segundo o que Dan Thies dá a entender, somente em casos em que realmente é preciso que devemos fazer um site com uma estrutura mais aprofundada que 3 níveis (que são mais que o suficiente).

Algo que, levando em consideração a Pirâmide de Conteúdo, faz bastante sentido; mas, devemos lembrar, este é um estudo e opinião de Thies e, não necessariamente, é uma constante para todo e qualquer tipo de site. É importante ter isso em mente.

Conclusão sobre a “Pirâmide de Conteúdo para Pessoas”

Ainda não terminei de ler o livro de Dan Thies; de qualquer maneira, digo que, até o momento, li coisas sobre SEO interessantíssimas, que jamais havia lido sobre o assunto.

Esta “pirâmide de conteúdo”, que representa a estrutura lógica de web sites para pessoas, realmente faz algum sentido. Somando a experiência do autor na área (anos de atuação) com as palavras e a lógica que ele se utilizou no livro, muito provavelmente esta analogia da pirâmide é correta.

Entretanto, como resguardado em vários momentos do artigo, estes são estudos e conclusões a que Thies chegou e compartilhou à época da publicação do livro. Para a atualidade, muitas dessas “regras” não se aplicam a todos os tipos de sites e/ou podem ser relativizadas, servindo a “Pirâmide de Thies” para pautar estudos e formular teorias de desenvolvimento, nunca como paradigma absoluto que deve ser cegamente seguida.

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