Uma boa campanha de SEO acontece quando várias ações de otimização são realizadas, conjunta e simultaneamente. E, certamente, uma dos aspectos da estratégia de uma ação de SEO são as ações técnicas tomadas no desenvolvimento web.
Passar muitos argumentos no URL
Quando o site é dinâmico, os desenvolvedores web precisam ter uma referência sobre o qual a página, o produto ou categoria o visitante quer ver. Normalmente um ID é necessário para recuperar os dados do banco de dados. Em outros casos, devido à complexidade do projeto ou devido a más técnicas de programação, mais variáveis são necessárias para identificar uma determinada página. Aqui está um exemplo de um URL dinâmico:
1 |
http://www.exemplo.com/produtos.php?id=30&categoria=2&cor=verde |
Infelizmente, este tipo de URL não é amigável nem para pessoas, nem para mecanismos de busca. Segundo é possível ler nas Diretrizes Técnicas das Diretrizes para Webmasters da Central do Webmaster Google,
Se você decidir usar páginas dinâmicas (por exemplo, o URL que contém um caractere “?”), saiba que nem todos os spiders de mecanismos de pesquisa rastreiam as páginas dinâmicas e estáticas. Isso ajuda a manter os parâmetros curtos e a quantidade desses parâmetros pequena.
Por isso, é altamente recomendado usar algum tipo de reescrita de URL, como mod_rewrite, para converter as URLs dinâmicas para URLs amigáveis. Qual é o risco, se isso não for feito? Bem, se há muitos parâmetros em URLs: os motores de busca podem não indexar as páginas; além disso, geralmente URLs não amigáveis não contém palavras-chave importantes no endereço, então, não raramente você pode conseguirá rankings inferiores para essas páginas do que se elas tivessem URLs amigáveis.
Usar muito JavaScript, frames/iframes, AJAX, Flash e Silverlight
JavaScript, frames/iframes, AJAX, Flash e Silverlight são ferramentas úteis e alguns deles, quando bem usados, melhoram a experiência do usuário. Mas nenhum deles é search engine friendly.
As mesmas Diretrizes Técnicas do Google citadas, indicam:
Use um navegador de texto como o Lynx para examinar o seu site, pois muitos spiders de mecanismos de pesquisa veem o site do mesmo modo que o Lynx. Se recursos especiais como JavaScript, cookies, IDs de sessão, frames, DHTML ou Flash permitirem que você veja todo o site em um navegador de texto, os spiders dos mecanismos de pesquisa poderão ter dificuldade em rastrear o seu site.
Se o objetivo é que o site seja amigável aos mecanismos de busca, devemos verificar se eles podem ser vistos usando browsers de texto simples como o Lynx (que é como o googlebot “vê” os sites). É possível usar emuladores do Lynx ou desabilitar CSS e imagens diretamente no navegador (se usar, Firefox, uma ótima opção é usar o plugin Web Developer).
Não usar o atributo alt em imagens e não otimizar o caminho das imagens
Os motores de busca (e computadores, em geral) não são muito bons em identificar o que é representado em uma imagem. Portanto, a fim de compreender sobre o que uma imagem é, os bots analisam o nome e o atributo “alt” das imagens.
O Google Image Search pode trazer uma quantidade significativa de tráfego. Se você não garantir o “apoio” a mecanismos que permitam a otimização de imagens, você pode perder uma boa fonte de tráfego. Assim, garanta que você use corretamente ambos, o atributo alt e o nome da imagem – usar um CMS que permita esse tipo de otimização é uma boa dica.
Usar métodos incorretos para oferecer suporte a idiomas diferentes
Quando você tem sites multilíngue, tenha certeza de que a arquitetura está correta. Não há uma única forma “correta” para fazer isso. Basicamente, há três maneiras corretas para suportar um site em vários idiomas e cada um dos métodos a seguir tem alguns prós e contras:
- Subdomínios. Exemplo: fr.example.com, gr.example.com, etc
- Subdiretórios. Exemplo: www.example.com/fr/, www.example.com/gr/, etc
- Diferente domínios. Exemplo: www.example.fr, www.example.gr, etc
A dica é evitar o envio de conteúdo baseado em IP sem ter a mesma versão do site disponível para todos. Também não implementar soluções ruins como passar o idioma como uma variável GET, por exemplo www.example.com/?lang=fr.
Não se preocupar com o tempo de carregamento da página
Recentemente o Google informou que passou a usar a velocidade de carregamento dos websites em seus algoritmos de classificação (apesar de isso não estar valendo para sites de todos os países do mundo). Há um debate sobre se esse recurso deve ser incluído, uma vez que não tem nada a ver com a relevância de um site. No entanto, a velocidade aumenta a experiência do usuário. Além disso, ter um site leve, que carregue rapidamente, pode melhorar seu ROI e diminuir a carga do seu servidor (conheça 8 maneiras de melhorar a performance de um site).
7 dicas de desenvolvimento web
Algumas dicas para guiar o desenvolvimento de suas páginas web são:
- Colocar menus, cabeçalhos e rodapés em arquivos separados, a fim de realizar mudanças globais rápidas (funções “include);
- Tentar usar subdomínios em sites multi idioimas;
- Usar caminhos absolutos para cada página, imagem, CSS e javascript do site;
- Usar canonicals para evitar conteúdo duplicado;
- Usar redirecionamento 301 ao invés de 302 quando o caminho para a página mudar e nunca apagar páginas;
- Redirecione corretamente as versões sem “www” para as que tenham “www” e vice-versa;
- Não adicionar IDs de sessão nas URLs.
E você, conhece algum outro erro comum em desenvolvimento web que pode atrapalhar uma campanha de SEO e o que fazer para evitar/corrigir?